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Como cortar gastos e ter mais dinheiro



1) Comece anotando tudo

Para saber exatamente quanto ganha e quanto gasta, faça um histórico financeiro. Quem é empregado deve anotar seus gastos e receitas durante três meses. Para os autônomos e profissionais liberais, o histórico deve ser ainda maior: seis meses, por causa da variação da receita. Essa anotação pode ser em planilhas ou aplicativos de finanças pessoais. 

2) Use a fórmula para limitar gastos

Use a fórmula 50-15-35 dividir os gastos. Funciona assim:
  • 50% de tudo o que ganha vai para gastos essenciais: moradia, comida, saúde, transporte e educação
  • 15% para prioridades financeiras da família. O ideal é que esse valor seja poupado, mas, se a família está endividada, então a prioridade é quitar as dívidas primeiro
  • 35% para manter estilo de vida: lazer, academia, cabeleireiro, restaurantes
Se a família estiver gastando muito mais do que 50% da renda com gastos essenciais ou muito acima de 35% para manter um estilo de vida, é hora de cortar custos.

3) Se tiver dívidas, renegocie

Antes de começar a poupar, é importante saber quais são as dívidas e o valor de cada uma. Alvarez considera superendividado quem tiver acima de 15% da renda comprometidos com dívidas de curto prazo, como cheque especial e cartão de crédito. Se estiver com dívidas atrasadas, procure os credores para renegociar o pagamento. Só feche acordos que possa cumprir

4) Crie uma reserva de emergência

A poupança para uma emergência deve ser o primeiro objetivo de quem começa a guardar dinheiro. O ideal é poupar de 3 a 6 meses de salário (3 meses no caso de um funcionário público concursado, 6 meses para os demais trabalhadores).
O objetivo da reserva é garantir que o patrimônio não seja perdido em caso de desemprego, doença na família ou outro imprevisto. O dinheiro deve ficar em alguma aplicação fácil de sacar, tal como um fundo DI. Clique aqui para saber como se faz uma reserva

5) Cuidado com o cartão de crédito

A fatura do cartão é uma surpresa todo mês? Aposente o cartão e pague as compras à vista. Isso não quer dizer que o cartão seja sempre ruim. A melhor maneira de usá-lo é pagar a fatura sempre em dia, nunca usar o rotativo e concentrar as compras para obter benefícios nos programas de milhagens.
"Mas não aconselho a pagar conta de água, luz, e outras despesas essenciais no cartão. Essas contas devem ser pagas de uma vez. O cartão serve para compras eventuais como lazer e estilo de vida", diz Alvarez.

6) Pare de pegar empréstimos

Considerar cheque especial como parte da renda é um erro. Também há abuso no consignado. Empréstimos devem ser o último recurso e não um hábito mensal. Se vai comprar algo caro ou fazer uma viagem, junte o dinheiro antes.

7) Troque dívidas caras por outras mais baratas

Dívidas no cheque especial e cartão de crédito são as que têm os maiores juros do mercado. Vale a pena trocar a dívida por outra com juros menores, como empréstimo consignado ou empréstimo pessoal.
Pegue um empréstimo consignado e pague toda a dívida do cartão, por exemplo. Os juros para pagar a nova dívida serão bem menores.

8) Poupe de 10% a 15% do salário

O ideal é poupar 15% do salário todo mês. Mas, para quem não está acostumado, começar com uma meta de 10% é suficiente. O principal é que a pessoa poupe todo mês, pois poupar é um hábito.

9) Pense na aposentadoria

Poupar para o futuro sem se sacrificar no presente é o objetivo de um bom planejamento financeiro. Quanto mais cedo a pessoa começa a poupar para a aposentadoria, mais tempo terá de juntar um bom patrimônio sem que isso seja um grande sacrifício.
Mas quem já está perto de se aposentar sem ter juntado uma poupança deve rever seus gastos para adequá-los à receita que terá quando parar de trabalhar.


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